ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

14/May/2025

Etanol: memorando para abertura do mercado chinês

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou nesta terça-feira (13/05), em Pequim, um memorando de entendimento que visa a abertura do mercado chinês para o etanol brasileiro. O documento foi formalizado com a Administração Nacional de Energia da República Popular da China (NEA). O memorando reconhece a importância sustentável do bioetanol como um dos vetores estratégicos da mobilidade de baixo carbono, contribuindo para a transição energética e o combate às mudanças climáticas. No mês passado, o ministro já havia mencionado que havia negociações para que as províncias da China possam adquirir etanol do Brasil, o que fortaleceria a indústria brasileira. A China está em fase de implementação do E10 (mistura de 10% de etanol na gasolina). No documento formalizado também é mencionado o intercâmbio de experiências sobre as vantagens econômicas, ambientais, sanitárias e de geração descentralizada de renda do biocombustível.

O acordo assinado entre o MME e a NEA cita, ainda, a criação de um grupo de trabalho sobre para tratar da investigação, desenvolvimento e a inovação tecnológica de etanol de primeira e segunda geração, como o uso complementar à gasolina em veículos convencionais com motores de combustão interna ou os híbridos, por exemplo. Esse grupo deve tratar também da produção de combustível de aviação sustentável (SAF). O intercâmbio entre os países também visa o apoio à formulação e harmonização de marcos regulatórios, incentivo a parcerias e investimentos bilaterais e a capacitação técnica e institucional. Foi informada ainda a assinatura de um outro protocolo entre MME e NEA, especificamente para o desenvolvimento tecnológico e aporte de investimentos em sistemas de transmissão de energia elétrica, energia nuclear, geração renovável e sistemas isolados.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgou comunicado no qual exaltou os recentes anúncios do governo federal em missão oficial à China, que incluem US$ 1 bilhão em investimentos para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil e a assinatura de um memorando de entendimento com o objetivo de ampliação as exportações de etanol para o mercado chinês, firmado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O papel do governo federal tem sido decisivo para destravar oportunidades e atrair capital internacional, reposicionando o Brasil como referência global na bioeconomia, com impactos diretos na geração de empregos, inovação e abertura de novas rotas de exportação para o etanol e outras energias do setor. A articulação institucional que a Unica tem apoiado, especialmente em agendas bilaterais e multilaterais, permite que o Brasil ocupe espaços estratégicos no novo desenho de energia global.

Esses avanços só são possíveis graças à liderança do governo federal, que tem conduzido com pragmatismo a inserção internacional do setor. A Unica destaca, ainda, que os biocombustíveis brasileiros são hoje ativos reconhecidos globalmente, sustentados por indicadores concretos de sustentabilidade, como os CBios (créditos de descarbonização) e a avaliação do ciclo de vida, que medem as emissões do campo ao tanque. A COP30 será uma vitrine para esse modelo, que já está em operação. O desafio agora é comunicar ao mundo que o Brasil, além de produzir energia limpa, oferece um caminho replicável de descarbonização baseado em inovação, escala e sustentabilidade. Isso transforma o Brasil em exportador de combustível, de tecnologia e de política pública de vanguarda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.