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13/May/2025

Etanol: máquinas ampliam uso do biocombustível

Tecnologia que propõe um novo conceito para a queima de combustíveis foi apresentada pela Grunner, em parceria com a DSA. Embarcado em um protótipo de transbordo de cana-de-açúcar, o sistema tem um injetor que permite iniciar a queima do etanol antes da chegada à câmara de combustão, ampliando as possibilidades de uso do biocombustível em máquinas agrícolas sem perda de eficiência. A expectativa é que o equipamento esteja pronto no segundo semestre para testes em campo, em um laboratório a céu aberto da Grunner, com 6.500 hectares de cana-de-açúcar, além de propriedades de três produtores. O protótipo é resultado de pelo menos 8 anos de estudo, intensificados nos últimos 24 meses.

O sistema de combustão desenvolvido inova em relação aos dois ciclos existentes para a queima de combustível no Brasil: o ciclo diesel, que aumenta a temperatura do tanque por meio de pressão, e o ciclo Otto, cuja queima é iniciada por centelhas produzidas na vela de ignição. Esse protótipo não é nem ciclo diesel, nem ciclo Otto. Ele inaugura um sistema novo, uma terceira via. Parceira da Grunner, a DSA é especializada em sistemas de injeção eletrônica e já forneceu tecnologias para a Fórmula 1 e a Fórmula Indy. O sistema pode ser instalado em motores novos ou adaptado em motores a diesel em um processo que leva de quatro a cinco horas.

Se, daqui a um tempo, o etanol ficar caro e o proprietário quiser voltar para o diesel, basta reverter a adaptação. O setor sucroenergético tem uma vontade antiga de usar o etanol em suas máquinas. Agora, será possível fazer isso mantendo de 80% a 85% da estrutura do motor a diesel, mas queimando um combustível ecologicamente correto. A John Deere anunciou o protótipo de um trator movido a etanol. A multinacional trouxe agora a tecnologia embarcada em um equipamento. O trator, com combustão no ciclo Otto, está em teste nos segmentos de cana-de-açúcar e grãos, onde o etanol é amplamente disponível.

Segundo a empresa, o motor foi calibrado com ajustes de software para garantir alta performance e desempenho semelhante ao de modelos a diesel, além de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A Case IH também anunciou uma máquina de grande porte movida a etanol: uma colhedora de cana-de-açúcar de duas linhas, testada nas lavouras do Grupo São Martinho. Após dez dias de testes na safra anterior, a máquina voltou a operar no mês de abril. A colhedora, de 27 toneladas, tem capacidade para 13 litros de combustível, com os quais conseguiu colher, nos primeiros experimentos, cinco toneladas de cana-de-açúcar.

Ainda, a TMA lançou uma plantadora de cana-de-açúcar equipada com inteligência artificial. A máquina monitora, em tempo real, a quantidade de toletes plantados e interrompe o processo ao detectar falhas na dosagem. O sistema exige que o operador retorne ao ponto do problema para recompor a plantação, já que, ao contrário dos grãos, o canavial é mantido por quatro a cinco safras, o que prolonga eventuais prejuízos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.