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08/May/2025

Açúcar: superávit e alta do dólar pressionam futuros

Os contratos futuros de açúcar fecharam em baixa nesta quarta-feira (07/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento julho/2025 perdeu 31 pontos (1,78%), e fechou a 17,13 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pela valorização do dólar ante o Real, que estimula as exportações brasileiras. O petróleo enfraquecido também foi baixista. Somado a isso, o Bank of America acredita que a produção mundial em 2025/2026 vai superar a demanda em 500 mil toneladas, após um déficit esperado de 3,5 milhões de toneladas em 2024/2025.

Isso deve ocorrer desde que as condições climáticas nas principais regiões produtoras, especialmente Brasil, Índia e Tailândia, permaneçam favoráveis. Ainda assim, o Bank of America destacou que o equilíbrio entre oferta e demanda segue instável. O mercado está a um problema climático de distância de voltar ao déficit. A trading Czarnikow projeta um superávit maior, de 9,3 milhões de toneladas em 2025/2026. A previsão se baseia em parte na expectativa de produção volumosa no Brasil, na Índia e na Tailândia.

Para o Centro-Sul do Brasil, a trading espera produção de 42 milhões de toneladas na temporada 2025/2026. A Czarnikow acredita que a produção na Índia possa alcançar 32 milhões de toneladas, e, na Tailândia, 11,9 milhões de toneladas. Além disso, a trading prevê estabilidade no consumo, com inflação dos preços de alimentos, o aumento da conscientização sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar e a crescente popularidade de medicamentos da classe GLP-1, utilizados no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2.

Entre outras notícias, a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Nova Délhi projetou que a Índia deve produzir 28 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2024/2025 (outubro-setembro). O volume representa queda de 7,5 milhões de toneladas ante a estimativa anterior, de 35,5 milhões de toneladas. O corte refletiu os impactos adversos do El Niño e a escassez de recursos hídricos subterrâneos para irrigação. A previsão de exportações de açúcar na temporada 2024/2025 foi reduzida de 3,7 milhões para 3,5 milhões de toneladas.