06/May/2025
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a queda dos preços do petróleo diante das incertezas geradas pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são um "verdadeiro problema" para a petroleira. Esse é um problema real. Ela defendeu a necessidade de explorar novas áreas na indústria de petróleo. Sem isso, não há futuro para empresas do setor de águas profundas (offshore), avaliou ela, sem mencionar diretamente a Margem Equatorial, região costeira entre o Rio Grande do Norte e o Amapá e que é considerada uma espécie de 'novo pré-sal' no País. Depois de ter seu pedido de testes exploratórios negado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2023, a estatal aguarda nova decisão a respeito. Ela defendeu a importância de o setor de óleo e gás continuar investindo para desenvolver energias renováveis ainda que não esteja prevista uma reviravolta à frente, com a maioria da energia primária vindo de combustíveis fósseis.
A transição energética é uma realidade, mas tudo isso só é possível com os lucros da indústria do petróleo. Na sua visão, "não existe caminho" na indústria de petróleo em águas profundas sem o suporte de novas tecnologias, e a inteligência artificial (IA) ajuda a reduzir custos no setor. Não ajuda apenas a descobrir e enfrentar novas fronteiras, mas também a aumentar a produção em bases maduras. Destaque também para a importância da cadeia de suprimentos do setor energético, em especial, considerando a inflação dos últimos anos. Magda Chambriard enfatizou o esforço da companhia para conseguir começar a explorar a Margem Equatorial. A Petrobras tenta convencer o Ibama a liberar o início dos testes, na esteira do sucesso que a Guiana teve em exploração na mesma região.
Questionada sobre interesses para além do Brasil, a presidente da Petrobras mencionou oportunidades na África, na Índia e no gás da Colômbia. A companhia enfrenta dois grandes desafios em relação aos fornecedores: a queda dos preços do petróleo no mercado internacional diante dos temores do impacto de uma guerra comercial global e os custos inflacionários relacionados às plataformas e equipamentos da companhia. No começo do ano, os preços do petróleo estavam entre US$ 80,00 e US$ 83,00 por barril. Hoje, está entre US$ 60,00 e US$ 65,00 por barril. É uma queda de preço expressiva. Nesta segunda-feira (05/05), os preços do petróleo sofreram forte queda após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (cartel chamado de Opep+) de aumentar a produção. Como consequência, a Petrobras perdeu o nível dos R$ 400 bilhões em valor de mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.