05/May/2025
Os contratos futuros de açúcar fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (02/05) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento julho/2025 ganhou 4 pontos (0,23%), e fechou a 17,20 centavos de dólar por libra-peso. Os preços subiram com compras de oportunidade após registrarem queda nas quatro sessões anteriores, se aproximando dos 17,00 centavos de dólar por libra-peso, menor nível desde julho de 2021. O leve recuo do dólar ante o Real também deu suporte. O Commerzbank destacou que o petróleo enfraquecido está tornando a produção de etanol menos atrativa para as usinas brasileiras, que estão destinando mais cana-de-açúcar para a produção de açúcar.
Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostraram que, na primeira quinzena de abril, as usinas do Centro-Sul destinaram quase 45% da cana-de-açúcar processada para a produção do açúcar. Enquanto isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera que a produção de açúcar no País seja significativamente maior na safra 2025/2026, atingindo 45,9 milhões de toneladas, um nível recorde. O conflito comercial desencadeado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alimenta preocupações em relação à demanda para o uso industrial do açúcar.
A combinação entre as preocupações com a demanda e a ampla oferta vinda do Brasil provavelmente continuará pressionando os preços do açúcar. Entre outras notícias, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reportou que o subíndice de preços do Açúcar teve média de 112,8 pontos em abril, segundo queda mensal seguida, com recuo de 4,1 pontos (3,5%) ante março e 13,8 pontos (10,9%) abaixo do valor de um ano atrás. A queda nos preços globais ocorreu por preocupações com a incerteza das perspectivas econômicas globais e seu potencial impacto na demanda dos setores de bebidas e processamento de alimentos, que respondem pela maior parte do consumo global de açúcar.