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22/Apr/2025

Cana: 4º Levantamento Conab da Safra 2024/2025

De acordo com o 4º Levantamento sobre a Safra de Cana-de-açúcar 2024/2025 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 17 de abril, a produção nacional de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 está projetada em 676,96 milhões de toneladas, redução de 5,1% em comparação com a temporada anterior 2023/2024 (713,21 milhões de toneladas). A queda é reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representam 91% da produção total do país, prejudicando a safra que se encerra. Além disso, a queimada nos canaviais foi outro fator que atingiu níveis de desempenho das lavouras na safra atual, pois o fogo consumiu vários talhões de cana-de-açúcar em plena produção.

Ainda assim, este é o segundo maior volume coletado na série histórica da Conab. Com o menor volume de cana-de-açúcar colhido, houve uma queda de 3,4% na produção de açúcar no País, estimada em 44,01 milhões de toneladas ante 45,68 milhões de toneladas em 2023/2024. Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada à fabricação de açúcar.

O País registrou um crescimento de 4,4% na produção total do etanol, alcançando 37,19 bilhões de litros, ante 35,61 bilhões de litros na safra anterior, mesmo com a queda também para o combustível de 1,1% produzido a partir do esmagamento da cana-de-açúcar, por causa do impacto das condições climáticas desfavoráveis das lavouras de cana, com um total de 29,35 bilhões de litros (29,69 bilhões de litros em 2023/2024). O bom resultado deve ser o incremento do etanol fabricado a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros têm como origem o cereal, um aumento de 32,4% frente ao ciclo 2024/2023 (5,92 bilhões de litros).

Na Região Sudeste, principal produtora de cana-de-açúcar do País, houve retração no volume colhido em 6,3%, totalizando 439,6 milhões de toneladas. A área colhida foi de 5,48 milhões de hectares, aumento de 7,5% em comparação com a temporada de 2023/2024. Esse aumento, no entanto, não foi suficiente para recuperar as perdas registradas pela queda da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare. Na Região Centro-Oeste, outra importante produtora do País, a colheita manteve a próxima estabilidade, alcançando 145,3 milhões de toneladas, leve alta de 0,2%. Assim como na Região Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare.

Na Região Nordeste, a colheita do ciclo 2024/2025 está em fase de finalização, estimada em 54,4 milhões de toneladas, queda de 3,7% em relação à safra passada. O resultado foi influenciado pela restrição hídrica na região, diminuindo a produtividade média das tarefas, uma vez que a área colhida aumentou 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares. Na Região Sul, a produção está estimada em 33,6 milhões de toneladas, volume 13,2% inferior ao ciclo passado. Na Região Norte do País, o panorama é o oposto. Com uma colheita estimada em 4 milhões de toneladas, área e produtividade registraram elevações no ciclo 2024/2025 de 1,4% e 1,1% respectivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.