17/Apr/2025
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (16/04), que está analisando o pleito da Anfavea para que o governo antecipe o cronograma de elevação da tarifa sobre carros elétricos importados a 35%. Em 2023, a Camex aprovou o retorno da tributação gradual a partir de janeiro de 2024, uma "escadinha" que fará a tributação cheia acontecer somente em julho de 2026. Pelo calendário, haverá uma nova elevação em julho deste ano. O setor, contudo, quer que o imposto cheio já seja cobrado a partir de agora, especialmente para conter a alta de importação de veículos elétricos que chegam majoritariamente da China.
O pedido será analisado por todos os dez ministérios que compõem a Câmara de Comércio Exterior (Camex). Geraldo Alckmin afirmou que o risco de "desaguamento" de produtos importados no Brasil como efeito do tarifaço de Donald Trump será monitorado com rigor. A indústria brasileira está preocupada com o desvio de comércio. Integrantes do governo já discutem possíveis medidas de proteção comercial, que podem ser acionadas para evitar uma inundação de importados. Para além desse monitoramento, Alckmin afirmou que o cenário abre oportunidades para as empresas brasileiras no comércio exterior, especialmente no agro.
O vice-presidente também reforçou que o diálogo com os Estados Unidos continua por meio de conversas tocadas por técnicos do MDIC e do Itamaraty. O Brasil precisa estar atento a novas oportunidades, conquistar novos mercados e ter monitoramento. Ele ressaltou que comércio exterior é exportar e importar. É mão dupla. Mas, pico de importação, se tiver, será monitorado com rigor. O ministro ainda repetiu que o governo Lula defende o multilateralismo, que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul está caminhando bem e será acelerado, e voltou a mencionar a sanção da lei da reciprocidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.