11/Apr/2025
Segundo a Petrobras, a queda da cotação internacional do petróleo tipo Brent “assusta” a indústria, mas os projetos da estatal são resilientes até um preço de US$ 28,00 por barril, valor bem inferior ao nível atual. Em uma semana, o preço do Brent despencou da faixa dos US$ 75,00 por barril para a casa dos US$ 60,00 por barril, na esteira das tarifas do governo dos Estados Unidos. A Petrobras aprovou projetos resilientes, que vão ser instalados daqui a dois, três, quatro ou cinco anos. Sobre uma possível redução do preço dos combustíveis pela estatal, como vem pleiteando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a empresa evitou comentar, mas destacou que o aumento da produção de gás natural, outra demanda do governo, está sendo cumprida. A Petrobras precisa repor reservas de óleo e gás, indo à Margem Equatorial, para repetir o movimento que fez na Região Sudeste ao descobrir o pré-sal, que na prática repôs os ativos decadentes da Bacia de Campos, cujo auge foi em 2009.
Hoje, o desafio é manter essa produção crescente e ter reposição de reserva. Se não, o País perderá a garantia de segurança energética que precisa. Na década de 1970, houve falta de combustíveis. De 2006 para cá, o Brasil é autossuficiente e não pode deixar de ser. É preciso fronteiras exploratórias novas e, nesse sentido, é fundamental a Margem Equatorial. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que, diante da elevação das barreiras comerciais globais, a Petrobras tem vantagem competitiva com a autossuficiência e precisa aumentar a capacidade de refino para ter "eficiência plena". Afirmou ainda que ter uma empresa como a Petrobras ajuda a reduzir o preço interno do combustível e é muito importante para ganhar competitividade. O Brasil é importador de derivados e tem que aumentar a capacidade de refino para ter uma eficiência plena. Tem uma vantagem competitiva porque as barreiras comerciais vão encarecer.
O executivo reforçou que a defesa comercial global vai encarecer o custo da energia. O Brasil é autossuficiente e líder em energia renovável. Então, isso vai dar uma vantagem competitiva ao País. O presidente do BNDES defendeu que a Petrobras faça a prospecção da Margem Equatorial para verificar seu potencial, frisando que, apesar dos receios à época do início da exploração do pré-sal, não houve acidentes na região. A pesquisa é importante na economia e o conhecimento científico é fundamental para o debate. A Petrobras tem um histórico de muita segurança, especialmente na fase de prospecção, não tem nenhum acidente relevante. O executivo disse que as medidas que a Petrobras está tomando para a proteção da fauna são maiores do que as do pré-sal. É preciso conhecer a Margem Equatorial por dentro e a fundo para saber o que e como precisa ser protegido, mas não é abdicando de uma riqueza que é essencial ainda, pois a energia limpa e renovável não está substituindo o petróleo, está adicionando. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.