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03/Apr/2025

Etanol: setor não quer ser “moeda de troca” com EUA

Segundo a Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), a preocupação do setor sucroenergético brasileiro com o novo pacote de tarifas dos Estados Unidos é não ser a moeda de troca. O setor produtivo teme que os Estados Unidos aumentem a tarifa de importação sobre o etanol, hoje de 2,5%. O etanol brasileiro vem sendo citado pelo governo brasileiro como exemplo de produto de falta de reciprocidade comercial, já que o Brasil aplica tarifa de 18% sobre o etanol norte-americano importado.

Os Estados Unidos pleiteiam há anos maior acesso do Brasil para seu etanol com redução do imposto de importação. Os produtores brasileiros pedem maior cota de exportação de açúcar nacional como contrapartida. Há uma questão de competitividade entre os produtos. Os Estados Unidos compram o etanol brasileiro principalmente pela baixa intensidade de carbono, porque o combustível feito à base de cana-de-açúcar tem maior poder de descarbonização que o próprio etanol de milho dos Estados Unidos.

Com tarifas majoradas sobre o etanol brasileiro, o Brasil terá de buscar outros mercados para redirecionar o volume exportado. Em 2024, o Brasil exportou US$ 181,828 milhões em etanol aos Estados Unidos, produto vendido sobretudo para a Califórnia. O país se tornou o segundo principal destino do biocombustível brasileiro. As exportações do etanol norte-americano ao Brasil somaram US$ 50,530 milhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.