02/Apr/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (1º/04) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio ganhou 49 pontos (2,60%), e fechou a 19,35 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados por uma recuperação técnica após as recentes quedas. Um leve recuo do dólar ante o Real também foi altista. Somado a isso, a safra 2025/2026 no Centro-Sul do Brasil, que começou oficialmente nesta terça-feira (1º/04), deve ter redução na moagem pelo segundo ano consecutivo. A retração é atribuída à área plantada menor, às condições climáticas adversas no último ciclo e aos impactos dos incêndios ocorridos em 2024.
Apesar de uma leve recuperação nos indicadores de produtividade após as chuvas no fim do ano passado, a estiagem no primeiro trimestre de 2025 acendeu um alerta, levando consultorias e instituições financeiras a revisarem para baixo suas projeções. A maior parte das consultorias projeta moagem da safra 2025/2026 entre 595 milhões de toneladas e 612 milhões de toneladas. O volume é inferior ao recorde de 654 milhões de toneladas de 2023/2024 e das 617 milhões de toneladas moídas em 2024/2025 até 16 de março.
O Rabobank projeta uma moagem de 595 milhões de toneladas, devido às condições climáticas adversas nos primeiros meses de 2025 e à menor área de colheita prevista para o ciclo recém-iniciado. O mix de produção, no entanto, permanece favorável ao açúcar, com projeção de que entre 51,5% e 52,0% da cana processada seja destinada ao açúcar, resultando em uma produção estimada de 41 milhões de toneladas. A oferta global de açúcar segue pressionada por cortes na produção da Índia e da Tailândia. Como resultado, o déficit global de açúcar está estimado em 3,8 milhões de toneladas para a safra 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025), o que pode impulsionar os preços.