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31/Mar/2025

Açúcar: futuros em baixa pela 3ª sessão seguida

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa na sexta-feira (28/03) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O vencimento maio recuou 13 pontos (0,68%), e fechou a 18,96 centavos de dólar por libra-peso. Os preços ampliaram a desvalorização para a terceira sessão seguida, voltando ao patamar abaixo de 19,00 centavos de dólar por libra-peso depois de pouco mais de duas semanas. O leve recuo do petróleo nos mercados internacionais contribuiu para as perdas, piorando a competitividade relativa do etanol. Além disso, na Índia, apesar das preocupações com a safra atual, a percepção de que os estoques serão suficientes para atender à demanda até 2025/2026 vem ganhando força. Informações indicam que a Índia terá estoques iniciais confortáveis para amortecer o impacto da produção reduzida no próximo ano.

O site de análises de commodities Barchart informou que a Índia manterá sua cota de exportação de 1 milhão de toneladas para a temporada atual, reduzindo as preocupações sobre os embarques do país. Entre outras questões, o clima pressionou os contratos do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres. Houve relatos de chuvas esparsas no Centro-Sul do Brasil e previsões indicam mais chuvas nas próximas semanas. A umidade esperada contrasta com a estiagem recente, que levou à revisão para baixo da safra 2025/2026 no Centro-Sul por algumas consultorias. A Czarnikow projetou que a produção de açúcar no Brasil deve atingir 42 milhões de toneladas, abaixo da previsão anterior de 43,6 milhões de toneladas, devido à seca. Apesar da redução, esse volume ainda seria o segundo maior já registrado. A moagem de cana-de-açúcar deve totalizar 612 milhões de toneladas, praticamente estável em relação ao ciclo atual.

A Czarnikow destaca que uma leve redução na área plantada, em decorrência da seca e dos incêndios de 2024, será compensada pelo aumento na produtividade agrícola. A atualização de safra da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) também segue no radar. As unidades produtoras do Centro-Sul processaram 1,828 milhão de toneladas na primeira quinzena de março de 2025, uma queda de 17,81% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024. A produção de açúcar somou 52 mil toneladas, retração de 19,1% na comparação anual. 19 unidades iniciaram a safra 2025/2026 nos primeiros 15 dias de março. Ao fim da quinzena, 37 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 22 com processamento de cana-de-açúcar, 10 produtoras de etanol a partir do milho e 5 usinas flex. No igual período da safra anterior, 41 unidades operavam.