28/Mar/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quinta-feira (27/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio recuou 26 pontos (1,34%), e fechou a 19,09 centavos de dólar por libra-peso. Os preços ampliaram as perdas com notícias mais favoráveis nos principais produtores globais, o Brasil e a Índia. Os recuos do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres ocorrem, em parte, devido ao clima no Brasil. Houve relatos de chuvas esparsas no Centro-Sul e previsões indicam mais chuvas nas próximas semanas. É destacado como baixista, ainda, informações de que a Índia terá estoques iniciais confortáveis para ajudar a amortecer o impacto da produção reduzida no próximo ano.
A Índia planeja manter sua cota de exportação de açúcar de 1 milhão de toneladas para a temporada atual, aliviando as preocupações sobre os embarques do país depois de revisões para baixa nas estimativas de safra. Dados publicados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) também estiveram no radar. As unidades produtoras de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil processaram 1,828 milhão de toneladas na primeira quinzena de março de 2025, referente à safra 2024/2025, o que corresponde a uma retração de 17,81% em comparação com igual período da temporada anterior 2023/2024.
No período, a produção de açúcar somou 52 mil toneladas, queda de 19,1% na comparação com o volume observado em igual período na safra 2023/2024. No acumulado da safra 2024/2025 (abril de 2024 a março de 2025), a moagem atingiu 617,285 milhões de toneladas, o que representa queda de 4,94% ante igual período do ano comercial anterior. A produção de açúcar no acumulado desde o início da safra até a primeira quinzena de março continua apresentando retração ante a safra anterior, com 39,983 milhões de toneladas produzidas, em comparação com 42,240 milhões de toneladas do ciclo anterior (-5,34%).