26/Mar/2025

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (25/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio ganhou 25 pontos (1,30%), e fechou a 19,51 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pelo recuo do dólar diante do Real, que desestimula as exportações brasileiras. Os embarques brasileiros nas três primeiras semanas de março estão 32,2% menores do que em março de 2024, com uma média diária de 133.783 toneladas exportadas, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O Itaú BBA prevê um déficit de 4,1 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, mas as estimativas para a safra 2025/2026 indicam um superávit de 4,4 milhões de toneladas. O Itaú BBA manteve sua projeção de moagem em 601 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para a safra 2025/2026 no Centro-Sul do Brasil, mas alertou que esse número pode ser ajustado, dependendo das chuvas previstas para março e abril. Entretanto, um fator crucial para o comportamento dos futuros é a expectativa de que a oferta de açúcar será maior na próxima temporada no Centro-Sul. A produção de açúcar tende a crescer, com um mix mais voltado para o açúcar, 4% acima da safra passada.

Além disso, uma perspectiva menos pessimista em relação à Índia pode ter limitado ganhos maiores. O país deverá fechar a safra atual com 5,4 milhões de toneladas em estoque, garantindo o abastecimento interno apesar da redução na produção. A Associação dos Fabricantes de Açúcar e Bioenergia da Índia (Isma) destacou que a produção, até o dia 20 de março, foi de 24 milhões de toneladas, com 160 usinas ainda em operação. A previsão revisada da Isma é de uma produção de 26,4 milhões de toneladas, abaixo da estimativa inicial devido à menor produtividade em Maharashtra e à infestação de podridão vermelha em Uttar Pradesh.