25/Mar/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (24/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio caiu 46 pontos (2,33%), e fechou a 19,26 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados pela valorização do dólar diante do Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. As cotações também cederam após acumularem valorização na última semana, quando voltaram a alcançar o nível de 20,00 centavos de dólar por libra-peso. Apesar disso, o mercado passa por volatilidade, refletindo sinais contraditórios.
Por um lado, há preocupações com a oferta global, especialmente de Brasil e Índia, dois dos principais produtores de açúcar. Por outro, indicadores apontam para um desaquecimento da demanda, com destaque para a queda nas compras da China. Ao longo do ano, os contratos negociados na ICE têm registrado forte volatilidade, com variações de 5% a 6% para cima ou para baixo. Desde o início de março, o contrato mais ativo acumula alta de 11%. No momento, o maior fator de atenção envolve a próxima safra no Centro-Sul do Brasil e a atual da Índia, com seus efeitos sobre a oferta global.
A mais recente recuperação tem sido sustentada pela perspectiva de fundamentos mais apertados, com preocupações sobre os níveis de exportação do Brasil e da Índia, os maiores produtores mundiais. Além da oferta global, a disputa tarifária entre Estados Unidos e México pode reduzir os embarques de açúcar dos Estados Unidos para o México ao menor nível em 17 anos, adicionando mais um fator de incerteza ao mercado. Entre outras questões, o Itaú BBA previu déficit de 4,1 milhões de toneladas de açúcar na safra 2024/2025. No entanto, as estimativas iniciais para a safra 2025/2026 sugerem um superávit de 4,4 milhões de toneladas.