ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Mar/2025

Açúcar: futuros em leve baixa com correção técnica

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa na sexta-feira (14/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio recuou 6 pontos (0,31%), e fechou a 19,19 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados por uma correção técnica após a recente valorização, influenciada por revisões para baixo na produção do Brasil, Tailândia e Índia. Previsões de chuva para regiões produtoras brasileiras também pesaram.

Somado a isso, temores de uma recessão global pesam sobre o sentimento dos investidores, afetando o mercado de commodities, incluindo o açúcar. Segundo projeções de bancos como JP Morgan e Morgan Stanley, a probabilidade de recessão nos Estados Unidos varia entre 35% e 40%, enquanto o ex-secretário do Tesouro Larry Summers estima as chances em 50%. No entanto, os preços reduziram as perdas ao longo do pregão com fatores altistas, como o dólar em queda ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras.

Além disso, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) informou que as usinas do Centro-Sul processaram 283 mil toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de fevereiro, uma retração de 48,79% em relação ao igual período da safra anterior. A produção de açúcar no período caiu 45,56%, para 9 mil toneladas. No acumulado, a moagem a região chegou a 614,688 milhões de toneladas, queda de 5,01% ante o ciclo 2023/2024.

A produção de açúcar também recuou, somando 39,822 milhões de toneladas até o fim de fevereiro, 5,58% abaixo das 42,175 milhões de toneladas do igual período da safra passada. Embora esses números já fossem esperados pelo mercado, reforçam que a oferta brasileira segue limitada na entressafra. Há também incertezas sobre a próxima safra. A Datagro estima que o Centro-Sul processe 612 milhões de toneladas em 2025/2026, um recuo de 1,4% em relação a 2024/2025. Ainda assim, a consultoria prevê que a produção de açúcar cresça 5,9%, para 42,35 milhões de toneladas, em função de um mix mais voltado ao açúcar.