14/Mar/2025
O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) avalia que ainda é cedo para mexer nos preços dos combustíveis no Brasil diante das incertezas no cenário externo, e que têm pressionado o petróleo para baixo. Não há ainda uma tendência consolidada no exterior para mexer nos preços no Brasil. Ninguém sabe se realmente as medidas dos Estados Unidos, especialmente na área de política comercial, vão desencadear uma recessão ou não. O Brasil pode ser beneficiado por uma eventual guerra comercial por conta das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e tem chances de ampliar laços com a Ásia e a Europa, como já aconteceu após o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O Brasil não exportava petróleo para Europa e hoje cerca de 20% da produção da commodity é enviada para o continente. Pode surgir uma oportunidade para chegar em mercados que o País ainda não atua. Se essa guerra comercial dos Estados Unidos com a China recrudescer, vai criar uma oportunidade para o Brasil exportar mais minério, aço, suco de laranja e talvez mais petróleo. O IBP também defendeu a importância da Margem Equatorial, considerada uma espécie de 'novo pré-sal' no Brasil, diante da expectativa de queda das reservas de petróleo no País à frente. Nesta semana, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o plano de limpeza da sonda que será usada no local.
A chance de o lado brasileiro da Margem Equatorial ter o mesmo potencial que o da Guiana é considerável. A Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima o volume de recursos de óleo e gás em 30 bilhões de barris de óleo equivalente. A quantidade é similar à do pré-sal. O Brasil precisa descobrir outras reservas de petróleo porque a reserva de petróleo atual vai durar 13,5 anos. É uma situação de segurança energética complicada. Apesar de a Margem Equatorial dividir especialistas do meio ambiente e de petróleo e gás, a região é importante sob a ótica ambiental. O Brasil tem um petróleo de altíssima qualidade, baixo carbono e baixo enxofre. Se o País parar de produzir petróleo, provavelmente, o mundo vai emitir mais CO2. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.