12/Mar/2025

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta terça-feira (11/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio recuou 18 pontos (0,95%), e fechou a 18,67 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram pressionados por um ajuste técnico depois da valorização dos últimos pregões. Entre outras questões, de acordo com relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos aumentaram sua posição líquida vendida para 79.053 lotes, adicionando 25.782 lotes na semana encerrada em 4 de março.

No Brasil, a percepção do mercado ainda é de uma safra 2025/2026 robusta, com aumento da participação do açúcar no mix, embora o clima continue sendo um fator determinante. Segundo relatório da Hedgepoint Global Markets, a Região Centro-Sul do Brasil enfrentou chuvas abaixo da média em janeiro e fevereiro deste ano, mas as condições de desenvolvimento da cana-de-açúcar ainda são melhores em comparação com a temporada anterior. Os bons volumes de precipitação entre outubro e dezembro do ano passado ajudaram a recuperar a umidade do solo, embora o recente período de seca traga cautela sobre as perspectivas para a safra.

Entre outros fatores, limitando perdas maiores, o início da safra foi adiado por várias usinas do Centro-Sul devido ao atraso no desenvolvimento dos canaviais, o que pode levar a um aperto na oferta global nas próximas semanas, especialmente diante do nível modesto de embarques durante a entressafra. A média de embarques na primeira semana de março, de 99.405 toneladas de açúcares e melaços, é 25,7% inferior à média de março de 2024. Algumas unidades que planejavam iniciar a moagem em meados de abril já postergaram para a semana do dia 22 de abril, enquanto outras estão avaliando um adiamento ainda maior. O cenário observado no campo é claro: o canavial está atrasado e ainda precisa de mais tempo para atingir seu pleno potencial.