12/Mar/2025
A Petrobras afirmou que a estratégia de ‘esverdear’ a petrolífera está mantida a despeito de eventuais retrocessos na agenda global do setor com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A Petrobras vai continuar a ser uma empresa de petróleo porque é o principal produto e vai continuar a ser. Mas, ao mesmo tempo, quer usar parte da renda petrolífera para financiar a transição energética e novos produtos para diversificar o portfólio.
A Petrobras está mantendo o pé nas soluções renováveis, mas é muito cautelosa na sua estratégia de investimentos. Os projetos renováveis da Petrobras seguem os mesmos critérios de quaisquer outros, e precisam dar retorno para serem aprovados. Se não tiver retorno, o projeto não será aprovado. Como exemplo, o etanol, em que as taxas mínimas de lucratividade são iguais ou maiores do que outros produtos petrolíferos. A Petrobras prevê investir US$ 2,2 bilhões em negócios relacionados ao etanol em cinco anos.
Há muito interesse na primeira chamada de propostas para aquisição de biometano, lançada pela Petrobras no início deste ano. Muitas companhias devem mandar propostas. As principais empresas do setor, como MDC, Orizon, Gás Verde, Geo Biogás e Solvi, devem participar. A intenção da Petrobras de formar uma joint venture para produzir biometano. A estrutura regulatória no Brasil dá segurança para a Petrobras continuar investindo em biocombustíveis.
Enquanto o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar, o biometano é obtido a partir do biogás. A Petrobras ressaltou que a região da América Latina tem um enorme potencial de produção de petróleo com um volume de baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e custo competitivo. O Brasil é destaque na região, com baixo volume de emissões bem como o segmento de petróleo. A maior contribuição vem do desmatamento, da agricultura. A América Latina tem uma posição única. Os outros países emitem muito mais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.