11/Mar/2025

Os preços do açúcar cristal branco e, consequentemente, o Indicador CEPEA/ESALQ apresentam oscilações expressivas. A escassez do Icumsa 150 no mercado de São Paulo eleva as cotações, com usinas cobrando mais e compradores aceitando pagar valores superiores. Já o Icumsa 180, mais disponível, tem preços menores. Essa diferença de oferta entre os tipos de açúcar impacta diretamente as variações diárias das cotações. Após o Carnaval, a demanda pelo cristal não se recuperou. O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, está cotado a R$ 143,09 por saca de 50 Kg, alta de 3,04% nos últimos sete dias.

Na comparação das médias semanais, o Indicador foi de R$ 141,42 por saca de 50 Kg de 5 a 7 de março, aumento de 0,58% sobre o valor de 24 a 28 de fevereiro (R$ 140,61 por saca de 50 Kg). No mercado externo, os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York recuperaram parte das perdas acumuladas ao longo da semana passada, mas ainda recuaram no balanço do período. A expectativa de uma safra robusta de cana-de-açúcar no Brasil na temporada 2025/2026 exerce pressão sobre as cotações. No entanto, no curto prazo, a combinação entre o atraso no início da nova safra na região Centro-Sul do País e a queda na produção de açúcar na Índia limita as baixas.

De acordo com a Associação de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia da Índia, a produção de açúcar no país atingiu 21,98 milhões de toneladas do início da safra até 28 de fevereiro, redução de 14% frente a intervalo equivalente do ciclo anterior. Segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 1,825 milhão de toneladas de açúcares e melaço em fevereiro/2025, volume 39,9% inferior ao embarcado no mesmo mês do ano passado. O contrato Maio/2025 na ICE Futures está cotado a 18,31 centavos de dólar por libra-peso, queda de 1,13% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador do Cristal Empacotado está cotado a R$ 16,36 por saca de 5 Kg, baixa de 0,08% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,61 por saca de 1 Kg, queda de 0,32% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.