11/Mar/2025

A primeira semana de março (período pós-Carnaval) registrou poucos negócios de etanol. Com menos dias de negociação, alguns agentes retomaram as atividades somente no dia 6 de março. Assim, o período foi dedicado à avaliação dos estoques. O início das atividades industriais da safra 2025/2026 para algumas poucas unidades processadoras de cana-de-açúcar e a oferta contínua de etanol de milho deixam as distribuidoras com baixo apetite para fechar volumes mais robustos. Vale lembrar que existe a possibilidade da entrada de etanol do ciclo novo nas próximas semanas, mas isso vai depender das condições climáticas.

Do lado vendedor, algumas usinas intensificam as vendas focando no fechamento do ano-safra, quando tendem a zerar seus estoques para o próximo ciclo (2025/2026). No entanto, esses volumes pressionam apenas levemente as cotações, já que as saídas de etanol seguem aquecidas e os estoques dos biocombustíveis vêm caindo a cada quinzena. Nesse contexto, os preços dos etanóis anidro e hidratado apresentam leves baixas. O Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está cotado a R$ 2,8406 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 0,41% nos últimos sete dias. Na parcial da safra 2024/2025 (de abril/2024 a março/2025), que se encerra oficialmente em março, o preço do etanol hidratado no estado de São Paulo subiu.

Na primeira semana do ciclo atual, o Indicador CEPEA/ESALQ estava cotado a R$ 2,3444 por litro (em termos nominais). A alta do preço se deu principalmente pelo aquecimento das vendas do biocombustível no período. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 3,2491 por litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), recuo de 0,2% nos últimos sete dias. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro está 9,6% acima do hidratado. No caso do açúcar, o preço é 47,9% superior ao do hidratado e 34,9% maior que o do anidro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.