10/Mar/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta na sexta-feira (07/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio subiu 18 pontos (0,99%), e fechou a 18,31 centavos de dólar por libra-peso. Na semana passada, acumulou perda de 1,13%. Os ganhos foram sustentados pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol e pode resultar em um mix mais alcooleiro no Brasil. Além disso, as safras da Índia e da Tailândia estão sendo revisadas para baixo, o que pode afetar a oferta global de açúcar nos próximos meses, ainda mais pelo nível dos estoques.
O Citi destacou que, nos últimos dois meses, as exportações superaram as projeções iniciais, e a Datagro estima que os estoques no Centro-Sul podem cair para 1,2 milhão de toneladas a 1,3 milhão de toneladas até o fim de março, ante 1,9 milhão de toneladas em igual período do ano passado. Essa queda na disponibilidade de estoque levanta preocupações sobre possíveis restrições de oferta mais adiante, especialmente se a produção não se recuperar como esperado na safra 2025/2026. O clima no Brasil, hoje predominantemente seco, também é um fator monitorado pelos traders.
A seca pode fornecer suporte aos preços, mas também pode acelerar a moagem da cana-de-açúcar caso as usinas julguem que a matéria-prima está pronta para ser processada. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que o subíndice de preços do Açúcar teve média de 118,5 pontos em fevereiro, alta de 7,3 pontos (6,6%) ante janeiro, depois de três quedas mensais, mas ainda 22,2 pontos (15,8%) abaixo de janeiro de 2023. O aumento foi motivado por preocupações com a oferta global mais restrita em 2024/2025. As perspectivas de produção em declínio na Índia e as preocupações com a influência recente do clima seco na próxima safra no Brasil, que exacerbou o efeito sazonal, sustentaram o ganho.