03/Mar/2025

O preço dos créditos de descarbonização (CBios) estão ainda muito distantes do pico histórico em 2022. Alguns fatores sinalizam que, neste ano, a valorização pode acontecer e, eventualmente, o certificado se consolidar em um novo patamar de preço. Um desses fatores é a diferença entre oferta e demanda pelos certificados. Um outro fator é o volume de CBios engavetados esperando o melhor momento, na avaliação dos seus detentores, para serem ofertados no mercado, visando o lucro. De acordo com a The Hill Capital, se considerar o estoque somado à estimativa de produção, a conta fecha, mas, voltando para as questões de mercado, quem tem CBio só vai vender quando os preços subirem.

Além das distribuidoras que são compradoras obrigatórias, há também agentes interessados em comprar e vender CBios de acordo com seus próprios interesses e sua estratégia de investimento para maximizar os lucros. Esses players seguram um pouco do estoque do mercado. E, em janeiro, o estoque correspondia a 44% da meta deste ano. O CBios terminou 2024 a R$ 70,10, mas o preço médio ao longo do ano foi de R$ 87,60, o que representa uma redução de aproximadamente R$ 26,00 em relação à média de 2023, que foi de R$ 113,60. Em janeiro de 2025, estava em torno de R$ 75,00. No entanto, o preço médio do CBio chegou à máxima de R$ 153,00 em julho de 2022.

A The Hill Capital espera que a demanda muito maior que a oferta possa repetir o histórico e levar a uma “explosão” dos preços. Em menos de um ano, os preços podem voltar ao patamar de R$ 90,00. A B3 observa que no fechamento de 2024 havia cerca de 13,3 milhões de CBio ainda na mão do emissor para efetuar a venda primária. Não parece que a emissão seja um problema para que investidores não obrigados participem desse mercado no momento. As partes não obrigadas têm pouco menos de 55 mil CBio em posição. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.