25/Feb/2025
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira (24/02) que o Rio Grande do Sul vai receber muitos investimentos da companhia, não apenas nos estaleiros, como as encomendas de navios anunciadas, mas também nas refinarias e exploração. Segundo a executiva, no período do Plano Estratégico 2025-2029 da estatal, o Estado receberá projetos com grande potencial de transformação. Ela destacou o início da exploração na bacia de Pelotas, que fica entre o extremo sul do Rio Grande do Sul, ao litoral sul de Santa Catarina, onde a estatal possui 29 blocos e está sendo considerada de grande potencial, por ter sido, no passado, integrada à Namíbia, país que recentemente descobriu reservatórios relevantes. Estudos indicam grandes similaridades entre a bacia de Pelotas e a bacia da Namíbia, na África.
A bacia da Namíbia está produzindo e já está sendo chamada de 'Nova Guiana', e a Petrobras continuará trabalhando no Estado e achando que esse potencial que se apresenta na bacia da Namíbia no estado do Rio Grande do Sul, nessa bacia de Pelotas. Magda participou nesta segunda-feira (24/02), em evento com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, da assinatura do contrato com o consórcio Rio Grande e Mclaren, para construção de quatro navios do tipo Handy, no valor de R$ 1,6 bilhão, para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira. Os navios serão iniciados no estaleiro Rio Grande e finalizado no Rio de Janeiro, no estaleiro MacLaren. Será possível fazer embarcações no Rio Grande do Sul com mais de 50% de conteúdo nacional.
Além disso, Magda destacou investimentos de R$ 8,5 bilhões nas duas refinarias da companhia no Estado no próximo quinquênio, sendo que uma, a Refinaria Riograndense, será transformada na primeira biorrefinaria do País. Incluindo paradas programadas, a estimativa é de gerar 24 mil postos de trabalho. A Riograndense vai se transformar numa refinaria que vai entregar derivados de óleo 100% vegetal. Ela vai ser a primeira do Brasil que não utilizará nenhuma gota de petróleo. A executiva voltou a convocar os fornecedores da empresa para se prepararem, porque a empresa "vai pisar no acelerador" dos projetos, como já havia afirmado na segunda-feira (17/02), durante evento em Angra dos Reis (RJ), no qual lançou a licitação para compra de oito gaseiros. A Petrobras precisa de fornecedores fortes, precisa entregar as encomendas e precisa que isso tudo aconteça a tempo e a hora. Portanto, todos devem estar muito preparados para atender a essas demandas, que vão ser cada vez maiores.
O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, afirmou, durante evento no estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, "que a colheita da indústria naval está apenas começando". A empresa, subsidiária do setor de transportes da Petrobras, já colocou 12 licitações de embarcações na rua e ainda vai anunciar mais 13 até 2026. Nesta segunda-feira (24/02), a Transpetro assina com o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren contrato para a aquisição de quatro navios da classe Handy, com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação, no total de R$ 1,6 bilhão. A ampliação da frota própria da Petrobras tem por objetivo reduzir os custos da estatal. Será gradual, mas a ideia é garantir a perenidade das encomendas da indústria naval.
A cerimônia, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e diretores da Petrobras, inclusive a presidente, Magda Chambriard, é a segunda em duas semanas sobre a retomada da indústria naval, uma das promessas de campanha eleitoral do presidente Lula, em 2022. "Este evento no Rio Grande é simbólico, porque estamos no maior estaleiro da América Latina. 2025 ficará na história dessa cidade para uma virada para uma vida melhor. É a retomada de um setor que provocou uma revolução na economia dessa cidade", disse Bacci. O executivo destacou que o evento marca "uma revolução na cidade do Rio Grande" e deve gerar cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.
A cidade já chegou a ter 10 mil empregos diretos no setor, antes da Operação Lava Jato. No evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser contra o combustível fóssil. Porém, pontuou que, enquanto o País precisar dele, será o dinheiro da Petrobras que vai ajudar o Brasil a fazer a transição energética. O Brasil é o maior país da América do Sul e o presidente questionou o fato de não ter uma indústria naval poderosa e precisar comprar navios da Coreia do Sul, de Singapura e da China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.