ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Feb/2025

Etanol: produção deverá recuar na safra 2025/2026

De acordo com estimativa da trading de etanol SCA Brasil, a produção de etanol de milho e de cana-de-açúcar no Brasil na safra 2025/2026 deve chegar a 33,8 bilhões de litros, o que representa uma queda de 3% em relação à temporada 2024/2025. A temporada começa no dia 1º de abril deste ano. A produção de etanol de milho está estimada em 9,8 bilhões de litros, incremento de 19% em relação à safra 2024/2025. O volume de etanol anidro (misturado à gasolina) deve aumentar 29%, para 3,7 bilhões de litros, enquanto a produção do hidratado (que abastece diretamente os veículos flex) deve crescer 13%, para 6,1 bilhões de litros.

Em relação ao etanol de cana-de-açúcar, a estimativa é de queda de 10% na produção, para 2,7 bilhões de litros. A trading projeta queda de 21% no volume do biocombustível hidratado, para 13,4 bilhões de litros. A produção do anidro a partir da cana-de-açúcar está estimada em 10,6 bilhões de litros, alta de 9%. As chuvas do início do ano nas lavouras de cana-de-açúcar do Centro-Sul compensaram os problemas iniciais relacionados com o clima e os incêndios em 2024, contribuindo para uma produtividade similar à do ano passado. A área de colheita está estimada em 7,4 milhões de hectares, ante 7,8 milhões de hectares em 2024, descontando a perda de mais de 400 mil hectares no ano passado com incêndios, menor renovação das canas de 18 meses e cana-de-açúcar de inverno, e maior concentração de renovação na entressafra.

A produtividade está estimada entre 80 e 81 toneladas por hectare, superando as 78 toneladas por hectare na safra passada. Com este rendimento, as usinas devem moer 597,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2025/2026, queda de 4% em relação ao ciclo anterior. Esse número inclui a cana bisada (que sobra de uma safra para outra), que deve chegar a 5 milhões de toneladas na safra 2025/2026. Segundo a Climatempo, o fenômeno La Niña deve persistir até o início do outono. Com isso, março deve apresentar chuvas mais frequentes na Região Centro-Sul, favorecendo a nova safra. A partir da segunda quinzena de abril, a expectativa é de redução significativa das chuvas.

A tendência é de um outono mais frio neste ano em relação ao ano passado. A trading Inpasa, maior produtora de etanol de milho da América Latina, observou que a produção no país segue em expansão acelerada. Mas ponderou que, com os juros no Brasil sem perspectiva de redução, o cenário para tomada de capital ficou mais desafiador e muitos investidores devem reavaliar novos projetos. A alta nos preços do milho também deve ser avaliada com calma pelos investidores. A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) estima investimentos da ordem de R$ 16 bilhões em aumento de capacidade produtiva no País. A Inpasa está entre as empresas que estão investindo.

Anunciou no ano passado R$ 1,3 bilhão para construir uma usina em Luís Eduardo Magalhães (BA), com capacidade para processar 1 milhão de toneladas de grãos por ano, principalmente milho e sorgo. A inauguração está prevista para 2026. Antes disso, a empresa inaugura uma unidade em Balsas (MA), além de implementar a segunda fase da planta em Sidrolândia (MS). Os investimentos totais chegam a R$ 3,4 bilhões. Com isso, vai aumentar a oferta total de 5,2 bilhões de litros para 5,8 bilhões de litros por ano. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.