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21/Feb/2025

Raízen capta recursos no mercado de dívida externa

A Raízen levantou US$ 1,75 bilhão no mercado de dívida externa, após encontrar demanda de mais de US$ 5 bilhões para novos bonds e para a reabertura de uma emissão de greenbond. A companhia emitiu US$ 1 bilhão em novos bonds com vencimento em 12 anos e US$ 750 bilhões a partir da reabertura de títulos sustentáveis (greenbonds) com vencimento em 2054. Nos novos bonds de 12 anos, a demanda chegou a US$ 3,1 bilhões, enquanto a demanda para a reabertura dos greenbonds 2054 ficou em US$ 2 bilhões. Os bonds de 12 anos foram emitidos oferecendo um prêmio de 225 pontos-base acima do Treasury, em linha com a taxa de referência sinalizada ao longo da operação e abaixo dos 255 pontos-base oferecidos no anúncio da oferta.

Já na reabertura dos bonds 2054, a Raízen emplacou prêmio de 250 pontos-base, também em linha com a referência estabelecida e abaixo dos 275 pontos-base sugeridos no início da oferta. A Raízen pretende recomprar bonds com vencimento em 2027, que pagam juro anual de 5,3% com os novos papéis emitidos. A companhia informou que vai investir os recursos obtidos com a reabertura dos greenbonds em despesas e investimentos em um ou mais ativos elegíveis e projetos descritos no framework de financiamento verde da companhia. A operação tem como coordenadores globais o Bank of America (BofA), o Citigroup, Itaú BBA, JPMorgan e o Morgan Stanley. Já BNP Paribas, Bradesco BBI, Credit Agricole, Santander e SMBC Nikko atuam como coordenadores adjuntos.

A Raízen está em processo de reestruturação, que vem tomando corpo desde o fim do ano passado, com mudanças na gestão e maior foco na eficiência operacional. A empresa deve entrar num novo ciclo a partir de abril, com uma estrutura mais simplificada. O negócio será separado em três linhas principais de atuação: Açúcar e Renováveis, Mobilidade Brasil e Mobilidade Argentina. A companhia viu sua alavancagem aumentar para 3 vezes o Ebitda (resultado operacional) no terceiro trimestre da temporada 2024/2025, que compreende o período entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2024. No intervalo correspondente do ano passado, a alavancagem estava em 1,9 vez. A maior parte da dívida da Raízen está em moeda local (92%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.