20/Feb/2025

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (19/02) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio/2025 subiu 23 pontos (1,20%), e fechou a 19,39 centavos de dólar por libra-peso. A expectativa de oferta global escassa nos próximos meses tem dado suporte às cotações. Segundo o Commerzbank, um representante de alto escalão da indústria açucareira da Índia expressou a expectativa de que a produção do país poderia cair para 26 milhões de toneladas neste ano-safra.

Dados recentes da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia mostraram que a produção na Índia, segundo maior produtor global de açúcar, está em pouco menos de 20 milhões de toneladas desde o início do ano-safra, em outubro, até meados de fevereiro. O volume corresponde a uma queda de 12% em comparação com igual período do ano passado. Por outro lado, a indústria na Tailândia espera que a produção de açúcar suba para o maior nível em sete anos em 2025/2026.

No entanto, é improvável que o preço do açúcar caia significativamente como resultado, pois as usinas de açúcar no Brasil seriam incentivadas a destinar mais cana-de-açúcar para a fabricação de etanol. Consequentemente, menos cana-de-açúcar estaria disponível para a produção de açúcar. No Brasil, o ritmo de embarques segue lento durante a entressafra do Centro-Sul. Os estoques de açúcar na região continuam diminuindo.

Ao fim de janeiro, os estoques brasileiros somavam 5,24 milhões de toneladas, uma queda de 47% em relação ao nível de um ano antes, de 9,84 milhões de toneladas. No entanto, o aperto na oferta de açúcar pode perder força na temporada 2025/2026, quando se espera uma produção robusta tanto no Brasil quanto na Índia. Segundo o Rabobank, o consenso é de que haverá um excedente global entre 2 milhões e 5 milhões de toneladas no ano-safra internacional de 2025/2026.