19/Feb/2025
Segundo a Associação dos Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a possibilidade de os Estados Unidos imporem tarifas recíprocas ao etanol importado do Brasil afetaria em especial o setor sucroenergético da Região Nordeste. Aumentar a taxação sobre o produto brasileiro, dos atuais 2,5% para 18%, é uma forma de pressionar o governo brasileiro a revogar a tarifa de 18% incidente no biocombustível exportado pelos Estados Unidos ao País. Zerar a taxa é algo que não faz sentido, pois o Brasil, superavitário na produção de etanol, não necessita do produto importado para abastecer o mercado doméstico. Acrescente-se, ainda, que exportamos 2,5 bilhões de litros anualmente. Com excedentes exportáveis, comprar etanol dos Estados Unidos a uma taxa recíproca seria desnecessário e oneroso para a balança comercial brasileira.
A Região Nordeste, onde a indústria da cana-de-açúcar gera mais de 250 mil empregos diretos e indiretos, seria a principal afetada pela adoção desta medida. Além de representar um ponto de atenção na pauta brasileira de exportações e trazer consequências desfavoráveis para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. O Nordeste tem sido o principal ponto de entrada do biocombustível exportado pelos Estados Unidos. “Devido à proximidade logística, mesmo durante a safra canavieira na Região Nordeste, os Estados Unidos chegam a despejar, quando as tarifas são reduzidas, pouco mais de 1,6 bilhão de litros de etanol de milho, que é reconhecidamente menos sustentável do que o fabricado no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.