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18/Feb/2025

Açúcar: oferta e demanda global seguirão ajustadas

A safra global de açúcar em 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) será ajustada, com equilíbrio entre oferta e demanda. No entanto, há uma continuidade da limitação na oferta de açúcar, especialmente no curto prazo. A disponibilidade de açúcar para exportação parece que vai continuar limitada, apesar do recente anúncio da Índia sobre uma cota de exportação de 1 milhão de toneladas. O mercado de açúcar, no entanto, pode ter excedentes expressivos nas safras futuras, especialmente em 2025/2026, à medida que a produção no Brasil e na Índia se fortaleça. O consenso é de que haverá um excedente global de entre 2 milhões e 5 milhões de toneladas no ano de safra internacional de 2025/2026.

Com relação ao Centro-Sul do Brasil, as previsões indicam um aumento na produção de açúcar para a safra de 2025/2026. A faixa de projeções de moagem no Centro-Sul para a safra local de 2025/2026 mencionada no evento era de 600 milhões a 620 milhões de toneladas de cana, com a expectativa de que o mix de açúcar fique em 51% ou até um pouco mais. Isso levaria a uma produção de açúcar entre 40 milhões e 42 milhões de toneladas, superior à estimativa para a safra atual, que não deverá ultrapassar os 40 milhões. Na Índia, por outro lado, a situação é mais incerta. A produção de açúcar foi revista para baixo devido à vulnerabilidade de uma variedade de cana. A produção é projetada em pouco mais de 27 milhões de toneladas de açúcar em 2024/2025, enquanto o consumo local fica entre 28 e 29 milhões de toneladas.

No entanto, há expectativa de um aumento na área plantada com cana nos próximos anos, o que pode levar a uma produção maior de açúcar. Com projeções de um aumento relevante de até 10% na área de cana para a safra seguinte, espera-se que a produção indiana de açúcar possa ser mais de 5 milhões de toneladas maior do que a safra atual. A perspectiva para os preços também gerou debate entre os participantes do evento. Uma crença é de que os grandes importadores, como a China, aumentariam as compras se o excedente global levar os preços internacionais a caírem, chegando à paridade com o etanol. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.