06/Feb/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam sem tendência definida nesta quarta-feira (05/02) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 ganhou 10 pontos (0,51%), e fechou a 19,76 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos terminaram perto da estabilidade. Preocupações com a oferta no curto prazo impulsionaram o contrato mais líquido. Na Índia, a produção de açúcar caiu 12,2% na comparação anual, totalizando 16,5 milhões de toneladas no período de 1º de outubro de 2024 a 31 de janeiro, de acordo com dados da Centrum.
A estimativa de uma safra menor na Índia já havia sido destacada em relatório recente do Citi, que projetava uma queda de 18% na produção de açúcar do país em 2024/2025, para o menor volume desde 2019/2020. Além disso, a Índia pretende ampliar a mistura de etanol na gasolina para 20% em 2025, o que pode restringir ainda mais suas exportações. Os preços elevados no mercado interno indiano também reduzem o incentivo à exportação, mesmo com a liberação governamental para o embarque de 1 milhão de toneladas de açúcar.
No Brasil, a safra, atualmente em 614 milhões de toneladas, pode encerrar a temporada com 620 milhões, mas volumes expressivos de moagem não são esperados antes de março, o que pode agravar a restrição na oferta global nas próximas semanas. A perspectiva de menor disponibilidade do Brasil nos próximos dois meses tem sustentado os preços do açúcar no curto prazo. Contudo, a alta dos futuros pode ser temporária. Com a redução da disponibilidade no final da entressafra, pode haver uma alta momentânea nos preços, mas a tendência é de curta duração. A demanda pode esperar pela safra 2025/2026, e o aumento da oferta está próximo, considerando as boas perspectivas para a próxima safra.