29/Jan/2025
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem encontro com representantes dos sócios privados da empresa nesta quarta-feira (29/01) e tratará da defasagem nos preços da gasolina e do diesel. Cálculos usados nas discussões internas da Petrobras, com base nos preços praticados no fim do ano passado, dão conta de que deveria ser aplicado um reajuste na gasolina de 13%, e de 11% no caso do diesel. Na semana passada, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), com a queda do dólar e do petróleo, a gasolina estava 7,5% mais barata no Brasil do que no exterior, e o diesel, 15%. O equilíbrio é importante para empresas que concorrem com a Petrobras no refino e venda de combustível no mercado interno e que têm seus negócios impactados pela fixação dos preços no Brasil.
Magda afirmou, porém, que a taxa de câmbio (um dos componentes para a fixação dos preços) está muito volátil e que prefere não fazer movimentos antes que haja uma estabilidade na cotação do dólar. Ocorre que a reunião do conselho de administração marcada para esta quarta-feira (29/01) é para tratar de preços praticados no trimestre encerrado em dezembro. Por isso, ela deverá ser interpelada sobre o assunto por representantes de investidores privados, que desejam saber se a Petrobras vai praticar preços de mercado. A companhia não segue o ritmo das cotações internacionais do petróleo e do câmbio. A formação de preços da Petrbras foi “abrasileirada”.
O último reajuste ocorreu em julho/2024 e alcançou só a gasolina; o diesel ficou estável. O aumento nas refinarias da Petrobras foi de 7,12%, mas, como a composição da gasolina nas bombas leva etanol, que subiu 17,58% no ano passado, o resultado é que a gasolina ficou 9,71% mais cara em 2024. O diesel ficou praticamente estável (alta de 0,66%). Porém, a Petrobras não deverá fazer reajuste neste momento e isso provoca efeitos em concorrentes privados. Em reunião na segunda-feira (27/01), no Palácio do Planalto, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou que o reajuste nos preços dos combustíveis, em avaliação pela companhia, deve se limitar ao diesel e não alcançará a gasolina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.