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23/Jan/2025

Combustíveis: defasagem de preços da Petrobras cai

A leve redução no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, puxados pela queda do preço do petróleo, reduziram a defasagem dos preços desses combustíveis nas refinarias da Petrobras, diminuindo também a pressão para um eventual reajuste pela companhia. A alta volatilidade do setor de petróleo tem segurado os preços da estatal, que evita transferir a instabilidade dos preços externos ao mercado brasileiro.

O diesel está com o mesmo preço nas refinarias da empresa há um ano e um mês, e a gasolina há 197 dias. Depois de ultrapassar os US$ 80,00 por barril em meados de janeiro, o petróleo tipo Brent operava nesta quarta-feira (22/01), em torno dos US$ 78,00 por barril enquanto o dólar cedia do patamar de R$ 6,00 para R$ 5,90. A decisão sobre mudança de preços na Petrobras é tomada pela presidente da Petrobras, o diretor Financeiro e de Relações com os Investidores e o diretor de Comercialização e Logística.

Nos polos atendidos pela estatal, o diesel registra defasagem média de 24% na comparação com o mercado internacional e a gasolina 12%, depois do diesel atingir 28% na semana passada, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A Refinaria de Mataripe, na Bahia, que reajusta os preços semanalmente pela paridade de importação (PPI), a defasagem era de 8% para o diesel e de 3% para a gasolina no fechamento de terça-feira (21/01).

Para a Ativa Investimentos, apesar da defasagem, a Petrobras deve manter a cautela em relação aos reajustes de preços. Se levar em conta a PPI, política abandonada pela estatal em maio do ano passado, a Petrobras poderia elevar o diesel em R$ 0,83 por litro, e a gasolina em R$ 0,37 por litro. A nova estratégia comercial da empresa, no entanto, leva em conta o preço mínimo que a estatal está disposta a vender e o preço máximo que o cliente está disposto a pagar.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o Brasil precisa aumentar a sua capacidade de refino, com uma nova refinaria. Ainda há dependência com a importação brasileira de gasolina e diesel. O ministro afirmou que é importante ampliar, pois trata-se de segurança nacional, segurança energética e é obrigação do governo. O Ministério de Minas e Energia (MME) é o responsável pelas políticas que garantem o fornecimento adequado de energia e combustíveis.

O ministro afirmou que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, vai saber o momento adequado para eventuais reajustes de preços nas refinarias. Possíveis ajustes serão feitos de forma equilibrada, seja para cima ou para baixo. Ele ressaltou que a Petrobras tem completa independência para decidir sobre os preços. O ministro reforçou que a Diretoria Executiva da companhia deve satisfação a todos os acionistas, não só à União, que é controladora. Silveira também criticou a antiga política de preços da Petrobras, atrelada à paridade internacional. Para ele, a empresa saiu de “uma amarra completamente inadequada". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.