20/Jan/2025

Em seus últimos dias no cargo, o presidente Joe Biden emitiu uma enxurrada de decretos para controlar a perfuração offshore de combustíveis fósseis, acelerar a construção de data centers para inteligência artificial e promover a segurança cibernética contra hackers. As medidas promulgaram mudanças radicais em grandes indústrias, afetando bilhões de dólares em projetos corporativos. Alguns certamente enfrentarão desafios nos primeiros dias do governo Donald Trump, pois o novo presidente busca reverter regulamentações que, segundo ele, sufocam o crescimento econômico. Um dos alvos mais prováveis do presidente eleito Donald Trump é a ordem executiva de Biden que proibiria novas perfurações de petróleo e gás em mais de 625 milhões de acres de águas costeiras dos Estados Unidos.

Não foi possível determinar se Donald Trump seria capaz de reverter a ordem, embora ele tenha promissão para fazê-lo. O decreto invocou uma lei de 1953 que dá ao presidente latitude para retirar da consideração terras atualmente não arrendadas em águas offshore federais. A lei não inclui um procedimento para um novo presidente desfazer ações de um antecessor. Donald Trump afirmou que liberaria a perfuração de petróleo nos Estados Unidos, parte de sua promessa de cortar rapidamente os custos de energia e implementaria uma política que ele chamou de "domínio energético". Ele argumentou que autorizações mais rápidas, regulamentações ambientais enfraquecidas e outras medidas liberariam a produção de petróleo e gás natural e reduziriam os preços na bomba.

A proibição de perfuração em certas águas costeiras marcou um ponto de exclamação para os esforços de Biden para controlar os combustíveis fósseis. Durante suas primeiras semanas como presidente, ele ordenou uma pausa em novas licenças de perfuração em terras e águas federais. Foi um esforço inicial na campanha do governo para conter a produção de combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito estufa. As empresas de combustíveis fósseis lutaram nos tribunais. O governo Biden seguiu em frente com iniciativas destinadas a reduzir as emissões e promover energia limpa. Apesar da agenda de Biden em relação aos combustíveis fósseis, a produção de petróleo dos Estados Unidos atingiu níveis recordes sob sua presidência.

Embora Joe Biden às vezes tenha expressado relutância em tomar medidas executivas para contornar o impasse no Congresso, ele foi pressionado por legisladores e ativistas democratas a declarar uma emergência nacional para lidar com as prioridades relacionadas ao clima. Biden nunca o fez. O partido obteve uma vitória climática com a aprovação em agosto de 2022 da Lei de Redução da Inflação, que direcionou bilhões de dólares para tecnologias de energia limpa. Trump e legisladores republicanos prometeram revogar uma série de incentivos fiscais no projeto de lei, incluindo descontos para veículos elétricos, embora seja improvável que a lei seja revogada totalmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.