13/Jan/2025

Segundo a S&P Global Commodity Insights, os preços futuros do açúcar demerara, negociados na Bolsa de Nova York, devem ser pressionados em 2025 com a Índia retomando seu papel como grande exportadora no mercado global. Após duas temporadas de ausência no mercado exportador por causa de chuvas de monções abaixo da média e do foco na produção de etanol, o cenário pode mudar significativamente.

As chuvas de monção em 2024 foram amplas e bem distribuídas, o que incentivou o aumento do plantio de cana-de-açúcar pelos agricultores. Caso as monções de 2025 também sejam favoráveis, o país poderá anunciar a exportação de cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar entre agosto e setembro, antes do início da moagem. Em 2024, o mercado do açúcar foi marcado por alta volatilidade, com os preços oscilando entre 24,62 centavos de dólar por libra-peso em janeiro e 17,52 centavos de dólar por libra-peso na segunda metade de agosto.

Entre os fatores da volatilidade no período destacaram-se revisões negativas na safra brasileira, afetada por secas prolongadas e incêndios recordes. No entanto, a recuperação dos preços não se sustentou, e as cotações têm girado em torno de 19,00 e 20,00 centavos por libra-peso desde então. O panorama para 2025 está centrado nas expectativas para as três maiores potências exportadoras: além da Índia, Brasil e Tailândia. O retorno da Índia como exportadora, aliado ao crescimento da produção na Tailândia e no Brasil, deve conter qualquer movimento de alta expressiva nos preços globais do açúcar ao longo de 2025.

O anúncio oficial do governo indiano, no entanto, dependerá da previsão de monções que será divulgada pelo Departamento Meteorológico da Índia em março ou abril. Enquanto o Brasil deve aumentar sua produção em 1,5 milhão de toneladas para 40,7 milhões de toneladas em 2025/2026, a Tailândia projeta um crescimento de 2,2 milhões de toneladas, alcançando 11 milhões de toneladas em 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.