09/Jan/2025
O Itaú BBA estima que serão moídas 601 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2025/2026. A perspectiva considera chuvas dentro da média histórica. Se as precipitações ficarem 10% acima da média durante o verão, a produtividade pode aumentar em 3 toneladas por hectare, o que aumentaria a oferta em 25 milhões de toneladas. Na safra 2024/2025 foram processadas 612 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzidas 39,7 milhões de toneladas de açúcar até 15 de dezembro, acima das expectativas do mercado.
Essa produção robusta, impulsionada por condições climáticas favoráveis e maior disponibilidade de cana-de-açúcar, levou a revisões para cima das projeções da safra atual, que ainda conta com volume residual a ser moído. A produção de açúcar na Índia até o fim de dezembro foi 15,6% inferior a igual período do ano anterior, somando 9,54 milhões de toneladas. O atraso na safra, aliado a problemas de colheita e menor área plantada, levou à revisão da projeção para a produção total, que deve atingir 29,5 milhões de toneladas em 2024/2025, queda de 6,2% em relação à safra anterior. Ainda assim, os preços do açúcar devem permanecer pressionados, influenciados pela ampla oferta no Brasil e pelo Real desvalorizado.
Além disso, decisões políticas e climáticas em mercados-chave como Índia e Tailândia seguem no radar. O governo indiano segue restringindo exportações e pode limitar a produção de etanol à base de cana-de-açúcar para garantir o suprimento interno, o que minimizaria o impacto da Índia nos preços globais. Na Tailândia, a decisão da China de restringir a importação de açúcar líquido e pré-misturas por motivos sanitários adiciona pressão ao mercado. Essas exportações, anteriormente isentas de impostos, precisarão encontrar novos destinos, intensificando a competição global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.