09/Jan/2025

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (08/01) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 recuou 21 pontos (1,08%), e fechou a 19,24 centavos de dólar por libra-peso. O mercado foi pressionado pela alta do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. O avanço da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol e pode incentivar um mix menos alcooleiro no Brasil. O nível de produção do Brasil também está no radar do mercado.

O Brasil continua sendo uma questão, pois as estimativas de safra de cana-de-açúcar em 2025/2026 variam entre 38 milhões e 43 milhões de toneladas, o que pode representar mais pressão ou suporte material aos preços, embora as condições climáticas pareçam sustentar um melhor desenvolvimento das lavouras. Problemas de produção em mercados como Índia, União Europeia, China, Austrália, Filipinas e México têm, no momento, menos peso sobre as decisões dos traders do que perspectivas positivas para o Brasil.

Para a próxima safra 2025/2026, as principais preocupações permanecem em torno do desenvolvimento dos canaviais e dos impactos relacionados aos recentes incidentes de seca e incêndios. Em compensação, a previsão de bom tempo pode sustentar o desenvolvimento da safra de cana-de-açúcar. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento elevaram suas apostas na queda do demerara na Bolsa de Nova York na semana até 31 de dezembro/2024. A posição líquida vendida desses agentes aumentou no período, de 45.185 para 60.436 lotes, considerando futuros e opções.