07/Jan/2025
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (06/01) na Bolsa de Nova York. O vencimento março cedeu 32 pontos (1,63%), e fechou a 19,33 centavos de dólar por libra-peso. Os preços revertem os ganhos vistos no começo do pregão e recuaram com algumas perspectivas de alívio na oferta. Na sexta-feira (03/01), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que os preços globais do açúcar recuaram em dezembro, pressionados pela produção do Brasil, que foi maior do que o esperado na segunda quinzena de novembro.
Além disso, pesaram as perspectivas de melhora para a safra de cana que será colhida a partir de abril de 2025 no País, assim como a atual temporada de moagem na Índia e na Tailândia, onde as usinas estão totalmente operacionais. Previsões e análises indicam que, o clima e as condições de produção têm impacto significativo, mas os movimentos especulativos têm sido um fator importante na volatilidade do mercado de açúcar. A queda do mercado de 23,00 centavos de dólar por libra-peso para 19,00 centavos de dólar por libra-peso não é causada por vendas comerciais, mas por especuladores. Embora a desvalorização do Real tenha contribuído para a queda, ela foi superada pelas movimentações dos especuladores no mercado.
Sobre a oferta, a Tailândia aumentou em 171,8% a produção de açúcar, com 2,275 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas até 12 de dezembro. Em 2024/2025, o país pode produzir entre 10,5 milhões de toneladas e 11 milhões de toneladas. O Brasil continuará sendo um dos maiores produtores de açúcar no mercado global, mas variações nas estimativas indicam incertezas quanto aos rendimentos e à produção geral. Para o ciclo 2025/2026, o Brasil pode ultrapassar 40 milhões de toneladas de produção de açúcar, com algumas estimativas apontando para 43,2 milhões de toneladas.