10/Dec/2024

Segundo a StoneX, o recente acordo entre Mercosul e União Europeia pode abrir novas oportunidades para o mercado de etanol brasileiro. As cotas de importação sem tarifa anunciadas pelo bloco europeu representam um avanço estratégico, especialmente no contexto de segurança energética e sustentabilidade. As cotas de 450 mil toneladas para etanol industrial e 200 mil toneladas para outros usos mostram que a Europa está reavaliando seu interesse pelo produto brasileiro. O etanol é um combustível que ficou em segundo plano na região nos últimos anos, mas este movimento pode indicar uma mudança de postura.

O Brasil é líder global no setor e é uma origem essencial para regiões deficitárias em etanol. Com metas ambiciosas, como a ampliação da mistura de biocombustíveis e o desenvolvimento do SAF, o País pode se beneficiar do fortalecimento dos laços comerciais com a União Europeia. No entanto, ainda há incertezas sobre o impacto real das medidas. Não se sabe se essas cotas serão plenamente utilizadas ou se são apenas possibilidades. Mas, ao eliminar tarifas, o produto brasileiro se torna mais competitivo, favorecendo a demanda europeia frente a outras regiões, como a África. No caso do açúcar, o efeito será menos significativo.

A cota de 180 mil toneladas com tarifa zero é muito pequena em relação ao total exportado pelo Brasil. O impacto no açúcar dependerá de fatores como a safra europeia e a demanda local. Se a Europa tiver uma boa safra, essa cota pode não ser plenamente utilizada. É algo que mexe pouco no fluxo de comércio global. O acordo, apesar de tímido no curto prazo, reforça o posicionamento estratégico do Brasil como fornecedor global de açúcar e etanol. Especialmente no caso do etanol, a retirada de tarifas pode sinalizar uma reaproximação com o mercado europeu, o que é positivo para o setor no médio e longo prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.