ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

03/Dec/2024

Açúcar: preços recuam com comprador cauteloso

Em São Paulo, os preços médios das negociações envolvendo o açúcar cristal branco no mercado spot encerraram a última semana de novembro em baixa. Na sexta-feira (29/11), especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 164,55 por saca de 50 Kg, queda de 1,57% em relação ao fechamento do dia 22 de novembro (de R$ 167,17 por saca de 50 Kg). Ainda assim, os patamares de preços observados em novembro são os maiores nominais da série histórica do Cepea. Em especial para o açúcar de melhor qualidade, o Icumsa até 150, a oferta disponível para as vendas na pronta-entrega segue baixa, reflexo do maior volume comprometido com as exportações. Por outro lado, as máximas de preços registradas ao longo da semana passada fizeram com que os compradores resistissem a novas altas. Com o Indicador em queda nos últimos dias, a liquidez está um pouco maior.

Nos últimos sete dias, especificamente, a média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 165,53 por saca de 50 Kg, recuo de 1,34% (R$ 167,78 por saca de 60 Kg). Desvalorizações internacionais também impedem altas nos preços domésticos. Na Bolsa de Nova York, as cotações do açúcar demerara não passam da casa dos 21,00 centavos de dólar por libra-peso. Na sexta-feira (29/11), especificamente, o contrato Março/2025 na ICE Futures encerrou a 21,08 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 1,31% nos últimos sete dias. No mercado internacional, os preços vinham ganhando sustentação de estimativas indicando reduções na moagem e na produção de cana-de-açúcar na Região Centro-Sul do Brasil. Segundo os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), foram colhidas 16,46 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de novembro/2024, volume 52,81% inferior ao da primeira quinzena de novembro/2023.

No acumulado da safra 2024/2025 (de 1º de abril a 16 de novembro), a moagem atingiu 582,61 milhões de toneladas, contra 595,97 milhões de toneladas no mesmo período no ciclo anterior, queda de 2,24%. No entanto, algumas previsões de superávit para a atual temporada mundial 2024/2025 podem ter impactado negativamente sobre as cotações externas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê produção recorde de açúcar, de 186,619 milhões de toneladas. O consumo global aumentaria 1,2% no mesmo período, atingindo também recorde de 179,63 milhões de toneladas. Por outro lado, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) reduziu sua previsão de déficit global de açúcar para 2024/2025, estimando 2,51 milhões de toneladas, ante uma projeção de 3,58 milhões de toneladas feita em agosto. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 17,15 por saca de 5 Kg, queda de 0,48% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,87 por saca de 1 Kg, baixa de 0,26% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.