28/Nov/2024
Com a adesão de representantes da indústria sucroenergética, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avança na implementação de sistemas mais ágeis e seguros para integração de dados sobre negócios de açúcar e etanol no País. Os grupos com tratativas técnico-operacionais já avançadas com o Cepea representam mais da metade da produção nacional de açúcar e de etanol. As perspectivas são de que as novas tecnologias oferecidas pelo Cepea alcancem a quase totalidade da comercialização de açúcar e etanol feita pelas usinas. O Cepea tem desenvolvido soluções, como a API (Interface de Programação de Aplicações) e outras tecnologias de integração de dados, de forma personalizada, de acordo com cada grupo industrial, para oferecer um processo ainda mais robusto de envio/recebimento de dados e processamento de resultados das pesquisas.
Além do volume de dados e velocidade de transmissão, as tratativas reforçam também a segurança do fluxo da coleta e armazenamento, com protocolos de criptografia que permitem maior segurança para as informações no processo de transferência. Em conjunto, esses sistemas aprimoram a segurança, a precisão e a velocidade de coleta dos dados. Permitem também a integração das bases de dados das usinas e do Cepea, que passa a ser majoritariamente direta e automatizada, havendo ganho em escala para a coleta dos negócios realizados pelas usinas. Essas empresas também podem integrar informações de indicadores do Cepea aos seus setores comerciais e de business intelligence. Essa integração entre o Cepea, que é um centro de pesquisas da Universidade de São Paulo reconhecido internacionalmente, e usinas sucroenergéticas abre caminhos para sistemas de Monitoramento e Auditoria Automatizados. Esses procedimentos elevam a transparência do setor nacional em um momento de grande competição internacional e alta demanda por dados precisos e confiáveis.
O benefício é também para os fornecedores de cana-de-açúcar independentes, que têm participação relevante na cadeia produtiva e recebem pela cana valores baseados nos preços dos derivados industriais. “As inovações em implementação pelo Cepea tornam as amostras usadas para o cálculo dos preços médios ainda mais robustas e reforçam a transparência dos valores obtidos pelas usinas”, explica a professora Mirian Bacchi, responsável pelos Indicadores de etanol do Cepea. A coordenadora das pesquisas sobre açúcar no Cepea, a professora Heloisa Lee Burnquist, acrescenta que “a colaboração das usinas, receptivas à proposta do Cepea de incluir mais tecnologia na comunicação de dados, ratifica a mensagem de que o Cepea está não apenas buscando otimizar o fluxo de informações, mas também contribuir para um ambiente de mercado mais transparente e eficiente.” Fonte: Cepea.