14/Nov/2024
A Raízen informou ao mercado ter iniciado operações de testes em duas novas plantas de etanol de segunda geração (E2G) nos Parques de Bioenergia Univalem e Barra, localizadas, respectivamente, nas cidades de Valparaiso e Barra Bonita, em São Paulo. O efetivo início da produção e dos embarques aos clientes já contratados deverão acontecer ainda nesta safra 2024/2025, após a conclusão da fase atual de testes e comissionamento (avaliação sobre o funcionamento correto de todos os sistemas e equipamentos antes do início da operação plena e contínua) e obtenção de todas as licenças e autorizações necessárias, incluindo a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cada planta contou com um investimento total de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e terá capacidade nominal anual de produção de 82 mil metros cúbicos (82 milhões de litros).
Desta forma, até o final da safra atual, a Raízen se consolidará como a maior produtora mundial e única apta a operar 4 plantas de E2G em larga escala, totalizando capacidade nominal de 278 mil metros cúbicos (278 milhões de litros) de etanol celulósico. A Raízen espera que, com quatro plantas de etanol de segunda geração (E2G) em plena operação no ano que vem, o segmento se torne um importante gerador de caixa para a companhia, ajudando a desalavancar a empresa. O E2G deve começar a contribuir agora, em vez de drenar caixa. Deve gerar caixa para desalavancar a companhia. O panorama é positivo sobre as operações de E2G da empresa, com destaque para a expansão e eficiência das novas plantas. As unidades Univalem e Barra, terceira e quarta fábricas de E2G da companhia, começaram o processo de comissionamento em novembro, ampliando o potencial produtivo.
A Costa Pinto teve um excelente desempenho na redução do uso de enzimas, alcançando a mesma produção com quase 30% menos enzimas que no ano anterior. Esta unidade é referência para testar novas estratégias de redução de custos. O foco atual é otimizar os custos de produção, com a planta Costa Pinto se consolidando como um modelo para a implementação de novas tecnologias e estratégias de economia. Além disso, destaca a estabilidade alcançada na planta Bonfim, que, embora tenha enfrentado uma breve paralisação para ajustes na fundação de um tanque, conseguiu um marco significativo. Foi possível, pela primeira vez, atingir a quantidade de litros por bagaço de cana-de-açúcar idealizada pelos cientistas. Com a experiência acumulada, a Raízen aposta em uma curva de crescimento mais rápida para as novas plantas. Na Univalem e na Barra, foram aplicados todos os aprendizados da Bonfim para melhorar o ramp-up. A expectativa é que o ramp-up seja mais eficiente nessas unidades.
A segurança de um preço mínimo garantido para o E2G é um diferencial importante, transformando o segmento em um forte gerador de caixa. Em outro comunicado ao mercado, a Raízen informou que sua controlada Raízen Energia assinou com a Alta Mogiana a venda de até 900 mil toneladas de cana-de-açúcar, incluindo cana-de-açúcar própria e cessão de contratos com fornecedores, pelo montante aproximado de até R$ 381 milhões à vista, o que representa um valor de aproximadamente US$ 75,00 por tonelada de cana-de-açúcar. O efeito contábil desta transação será um ganho líquido, após tributos incidentes, estimado em R$ 300 milhões, a ser reconhecido ainda no ano safra 2024/2025. A operação está em consonância com as ações de reciclagem do portfólio de ativos, redução do endividamento bruto e contribuirá para o aumento da eficiência logística e agroindustrial no cluster de Ribeirão Preto (SP). A conclusão da operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.