07/Nov/2024
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, surge um ponto de interrogação sobre a transição da indústria automotiva norte-americana em direção aos carros elétricos. Pode haver mudanças nas rotas de descarbonização. Trump já manifestou posicionamento favorável a uma transição energética mais suave no tempo.
O investimento maciço na substituição dos combustíveis fósseis, inclusive com incentivos à aquisição de carros elétricos e produção de baterias, foi uma das marcas do governo do presidente atual, Joe Biden. Assim, houve uma mudança de posicionamento na indústria automotiva norte-americana nos últimos quatro anos. A partir de janeiro, com Donald Trump voltando à presidência, a expectativa é sobre qual será o apetite em relação a questões de meio ambiente, descarbonização e novas rotas tecnológicas.
A impressão é de que "tudo pode acontecer". Tudo que vinha sendo discutido como política do governo norte-americano pode passar por revisão pelo fato de Trump ter posicionamento um pouco diferente em relação a essas questões. É difícil antecipar o caminho que será tomado pelos Estados Unidos porque, ao mesmo tempo em que já defendeu uma transição energética mais gradual, Trump está próximo a empresas "com viés de eletrificação", como a Tesla, do empresário Elon Musk, aliado do presidente eleito dos Estados Unidos. Isso pode impactar as empresas e o mercado como um todo.
Em relação ao comércio exterior, não se espera impacto relevante ao Brasil, apesar da perspectiva de maior protecionismo comercial. A eleição de Trump traz a possibilidade, apontada por analistas, de as barreiras nos Estados Unidos desviarem as exportações chinesas a outros mercados, como o Brasil, onde um a cada quatro carros importados já vem da China. No entanto, os carros elétricos chineses já enfrentam, com Biden, uma tarifa elevada, de 100%, para entrar nos Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.