05/Nov/2024

O ritmo de negócios envolvendo etanol esteve menor no encerramento de outubro em praticamente toda a Região Centro-Sul. Nos últimos sete dias, o volume de etanol comercializado no estado de São Paulo entre usinas e distribuidoras de combustíveis é um dos menores da safra 2024/2025. Ainda assim, os preços dos etanóis hidratado e anidro seguem firmes no mercado spot do estado de São Paulo. Os vendedores estão firmes nos preços pedidos nas negociações envolvendo novos lotes, fundamentados no possível período de entressafra mais longo nos próximos meses em boa parte das unidades produtoras, no consumo doméstico aquecido e na boa paridade de preços na ponta varejista. Além disso, muitos estão atentos a algumas incertezas para o ciclo 2025/2026. Vale lembrar que o clima ao longo de 2024 e queimadas registradas em agosto podem prejudicar a colheita da próxima safra.

Do lado das distribuidoras, poucas estão ativas, com compras bastante pontuais e agentes buscando oportunidades de negócios. Esses demandantes estão focados na retirada de produtos já comprados anteriormente. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 2,6023 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 1,66% nos últimos sete dias. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 2,9151 por litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), alta de 1,4% em igual comparativo. Na média das semanas cheias de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 2,5216 por litro, aumento de 2,82% na comparação com o período anterior. No caso do etanol anidro, somente na modalidade spot, a média das semanas caiu 0,68%, com a média a R$ 2,8148 por litro.

A representatividade desse mercado foi bastante reduzida, prevalecendo o produto retirado na modalidade de contratos. O volume de etanol hidratado negociado em outubro ficou 47,2% acima do registrado em setembro. Trata-se, também, do terceiro maior volume da temporada atual, ficando atrás somente das quantidades de abril e maio deste ano; considerando-se somente o mês de outubro, o volume foi o maior desde 2020. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro é 7,3% maior que o do hidratado em São Paulo. No caso do açúcar, o preço é 84,6% superior ao do hidratado e 71,9% maior que o do anidro. Na ponta varejista, nos últimos sete doas, a relação de preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas é de 65,3%. As médias são de R$ 5,91 por litro para o combustível fóssil e de R$ 3,86 por litro para o etanol. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.