31/Oct/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (30/10) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 ganhou 14 pontos (0,63%), e fechou a 22,22 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido impulsionados pela valorização do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Além disso, a safra 2024/2025 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil está sendo marcada pela seca prolongada e queimadas, que continuam marcando a colheita, produção e qualidade da matéria-prima. O Rabobank destacou os efeitos desse cenário.
O ritmo acelerado de colheita e de produção de açúcar", principalmente em São Paulo, se deve em grande parte à seca. A estiagem, que já dura 12 meses em algumas regiões, impulsionou uma colheita rápida, mas trouxe limitações ao potencial de produção para a próxima safra. A seca é relevante agora e será para as perspectivas da próxima safra. O Rabobank estima que cerca de 200 mil hectares foram afetados, mas a extensão do estrago ainda está em avaliação. Contudo, os ganhos podem ter sido limitados pela perspectiva de um superávit global levemente maior.
A trading Czarnikow estimou que o superávit global de açúcar será de 4,7 milhões de toneladas na temporada 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025), 200 mil toneladas acima da previsão apresentada em setembro. A Czarnikow espera que a produção global do adoçante atinja 184,7 milhões de toneladas em 2024/25, alta de 400 mil toneladas em relação à estimativa anterior. O consumo global de açúcar deverá ser de 180 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, crescimento de 300 mil toneladas ante a previsão anterior.