30/Oct/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (29/10) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/25 ganhou 12 pontos (0,55%), e fechou a 22,08 centavos de dólar por libra-peso. Os preços subiram em recuperação técnica, após recuos nas sessões anteriores. A perspectiva de que a Índia continuará fora do mercado global como exportador também pode ter dado suporte. O aumento na produção de etanol na Índia, devido a taxas mais altas de mistura do biocombustível à gasolina, reduzirá a disponibilidade local de açúcar e impedirá o país de exportar a matéria-prima na safra 2024/2025, projetou a Wilmar International.
A Índia deve desviar um total de 5 milhões de toneladas de sacarose para a produção de etanol na safra 2024/2025. Como resultado, a Wilmar estima que a produção líquida de açúcar chegue a apenas 27,5 milhões de toneladas no país, para um consumo total local de 29,5 milhões de toneladas. Contudo, as usinas indianas voltaram a pressionar o governo para que libere a exportação de 2 milhões de toneladas de açúcar devido ao excedente do país, o que pode ter limitado os ganhos na Bolsa de Nova York. Além disso, a menor probabilidade de que a moagem da safra 2024/2025 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil tenha um fim precoce pode ter pesado.
Embora o ritmo de encerramento das atividades seja mais acelerado do que o da temporada passada, os dados mais recentes tornaram mais remota a chance de uma "morte súbita" da safra. No campo da produção, os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) publicados no dia 25 de outubro afastaram os temores de uma 'morte súbita' da safra, que havia sido amplamente discutida em meses anteriores. A previsão atual sugere que a safra deve alcançar entre 595 e 605 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um número que reflete o consenso entre os participantes do mercado. Com isso, eliminou-se a possibilidade de uma pressão altista significativa nos preços antes do início da próxima safra.