22/Oct/2024
Segundo a Datagro, o balanço mundial de açúcar bruto e o fluxo comercial da commodity indicam um mercado global apertado para os próximos meses. Tanto que os fundos de investimento finalmente revisaram sua aposta no açúcar, voltando-se agora para o lado comprado. Os fundamentos altistas do açúcar no mercado internacional têm sido sustentados pelas condições climáticas no Centro-Sul do Brasil, sobretudo a seca, que reduz a perspectiva de produtividade, e pela decisão do governo da Índia, de permitir que os produtores determinem a mistura de açúcar e etanol, sem abrir a perspectiva de autorização de exportação de açúcar. Os produtores de cana-de-açúcar indianos têm se voltado à produção de etanol para atender à mistura do biocombustível à gasolina.
A Tailândia, outro grande produtor de açúcar, pode expandir o plantio de cana-de-açúcar devido aos preços favoráveis, em comparação com a mandioca. O maior fundamento, porém, é que o consumo mundial de açúcar continua crescendo 1,8 milhão a 2 milhões de toneladas por ano. O preço da commodity, porém, precisa ser suficiente para estimular a expansão da produção. Mesmo com a perspectiva de investimentos da Tailândia, as incertezas sobre a volta da Índia ao mercado global de açúcar tornam o fluxo de comércio de açúcar no mundo mais dependente do Brasil. Em 2023/2024, por exemplo, o Brasil representou 59,2% das exportações mundiais de açúcar total e 76,7% das exportações de açúcar bruto. Para 2024/2025, a perspectiva é de que o Brasil contribua com 74,9% das exportações de açúcar bruto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.