18/Oct/2024

Segundo a Azul, o setor agroindustrial brasileiro precisa se unir à aviação para garantir que os biocombustíveis produzidos no País sejam aceitos globalmente. A integração entre os setores é fundamental para influenciar normas internacionais e assegurar o futuro do combustível sustentável no Brasil. O agronegócio, como produtor, e a aviação, como consumidora, precisam atuar juntos para influenciar as regras globais que aceitem os combustíveis sustentáveis produzidos no Brasil.

O País tem tecnologia e capacidade para se tornar grande exportador de SAF (Sustainable Aviation Fuel), mas é preciso garantir que esses combustíveis sejam reconhecidos e aceitos no exterior. A aprovação da Lei do Combustível do Futuro foi um importante passo inicial, mas agora é preciso avançar no detalhamento das normas para garantir segurança jurídica ao setor. A regulamentação do Combustível do Futuro é o que vai garantir a segurança jurídica para investidores e produtores.

O Brasil tem a oportunidade de criar sua própria legislação, adaptada à sua realidade, em vez de seguir os modelos de Europa e Estados Unidos, que enfrentam desafios logísticos que não existem no Brasil. A Azul chamou a atenção para o alto custo do combustível de aviação no Brasil. Hoje, o combustível representa 40% do custo de uma passagem aérea no País, enquanto em mercados internacionais essa fatia é de cerca de 25%.

A Azul já adota medidas de eficiência no uso de combustível, mas o impacto do custo elevado ainda é significativo nas operações da companhia. Para que o Brasil possa se consolidar como um grande produtor de combustíveis sustentáveis, é necessário que haja incentivos fiscais e investimentos. É preciso incentivos para que os custos não comprometam as operações e para expandir a produção tanto para o mercado interno quanto para exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.