09/Oct/2024

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) estima que o setor privado vai investir R$ 130 bilhões no setor de etanol, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF) nos próximos anos a partir da lei do Combustível do Futuro. Os investimentos foram anunciados durante cerimônia de sanção presidencial da lei do Combustível do Futuro (PLP 528/2020) em evento nesta terça-feira (08/10). O futuro da mobilidade sustentável chegou e o Brasil lidera esse processo. No País, o biocombustível não é produzido a custo de desmatamento e nem da produção de alimentos.

A lei do Combustível do Futuro amplia a adição de etanol (álcool etílico anidro) à gasolina tipo C, de 27% para 35%. O novo marco legal estabelece metas de descarbonização a partir do SAF de 2027 a 2037 e cria mandato de uso de biometano na cadeia de gás natural de 1% a partir de 2026 até 10%. A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) destacou que a lei vai gerar uma onda de investimentos em biocombustíveis e gerar previsibilidade às empresas do setor. Na cerimônia, sete empresas assinaram cartas de compromisso de investimentos, somando juntas R$ 20,1 bilhões em aportes. Entre elas, a Raízen anunciou compromisso de investimento de R$ 11,5 bilhões.

A lei do Combustível do Futuro dispõe sobre a mobilidade sustentável, propõe o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel e eleva o percentual mínimo obrigatório de etanol na gasolina. O projeto também cria os programas nacionais de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. A lei inclui ainda a integração entre as políticas públicas RenovaBio, o Programa Mover e o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.