08/Oct/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (07/10) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 recuou 46 pontos (2,00%), e fechou a 22,55 centavos de dólar por libra-peso. Os preços estenderam o movimento de correção técnica do último pregão, depois da valorização em sessões anteriores. A oferta brasileira também pode ter pesado pesando sobre as cotações. Além da previsão de chuvas em meio a uma prolongada seca, o Brasil exportou em setembro 3,954 milhões de toneladas de açúcares e melaços, 23,9% mais do que em igual mês de 2023, quando embarcou 3,191 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Além disso, embora a produção brasileira de açúcar esteja concentrada no Centro-Sul e a visão preponderante no mercado seja de que a fabricação de açúcar ficará abaixo dos níveis da temporada 2023/2024, um tombo um pouco menor para o País pode ocorrer em função das usinas do Norte-Nordeste.

A Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) relatou esperar aumento de 5,2% na produção das usinas da região em 2024/25, para 3,64 milhões de toneladas. No mesmo sentido, a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília estimou que, apesar dos eventos climáticos extremos, a moagem no País deve ser de 645 milhões de toneladas em 2024/2025, com uma redução no Centro-Sul mas aumento no Norte-Nordeste. Contudo, a projeção de produção de açúcar foi reduzida em 1 milhão de toneladas, para 43 milhões de toneladas. Em relação às exportações, o escritório do USDA manteve a previsão de embarques do Brasil em 34,5 milhões de toneladas. A oferta internacional de açúcar está equilibrada até o primeiro semestre de 2025, quando se espera um excedente devido às boas condições climáticas e à expansão da área colhida na Tailândia, além da possível retomada das exportações pela Índia.