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03/Oct/2024

Incêndios: SP testa produto mais eficaz que água

Com o Estado ainda tomado por incêndios florestais, o governo de São Paulo iniciou testes com um produto capaz de apagar o fogo cinco vezes mais rápido do que o uso da água. A substância, de origem nacional e usada como fertilizante na agricultura, também possui efeito retardante, impedindo que o incêndio recomece onde já foi controlado. O plano é aplicar o produto com aviões em grandes queimadas, inicialmente em unidades de conservação. O estado de São Paulo, que enfrenta situação de seca de moderada a severa desde maio, já registrou 7.792 queimadas este ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O número é cinco vezes maior que o de incêndios registrados no mesmo período do ano passado, quando foram detectados 1.488 focos. Este ano, pelo menos quatro pessoas (sendo três brigadistas que combatiam as chamas e um trabalhador rural cercado pelo fogo) morreram em incêndios florestais no interior do Estado. Os testes realizados com o produto pela Defesa Civil estadual em ambiente controlado mostraram a extinção do fogo em 1 minuto e 40 segundos, enquanto a água conseguiu controlar situação semelhante em 5 minutos. O produto potencializa até cinco vezes a capacidade da água em apagar as chamas, o que significa que levará cinco vezes menos tempo para apagar os incêndios, explicou a Defesa Civil estadual.

O líquido vermelho, resultante da mistura da substância com água, já foi testado em um incêndio real na região de Ribeirão Preto, no início de setembro, com resultados satisfatórios. A Defesa Civil calcula que a substância reduzirá em até 60% os gastos com aeronaves utilizadas em grandes queimadas, levando em conta o tempo ganho na substituição da água pelo produto. O fabricante informou que o produto não causa efeito deletério às plantas, aos microbiomas do solo, de águas naturais e de resíduos orgânicos, e é atóxico ao manuseio e manejo humano.

Também não foram relatadas reações adversas em animais que tiveram contato com a substância. Conforme a Defesa Civil, a expectativa é utilizar o produto em situações como as ocorridas nas últimas semanas, quando os incêndios atingiram grandes proporções e colocaram em risco áreas urbanas e reservas florestais. O uso ocorrerá dentro de critérios bem definidos. Inicialmente será utilizado nas aeronaves, em grandes incêndios que estejam perto de residências, atinjam áreas muito grandes ou afetem as unidades de conservação e parques florestais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.