02/Oct/2024
Com o avanço da seca, cresce o número de cidades com problemas de abastecimento de água no interior de São Paulo. Em Barretos, no norte do Estado, não chove há mais de 160 dias e parte dos 122.485 moradores já é abastecida com caminhões-pipa. A prefeitura decretou emergência. Foram criados um canal exclusivo para a população pedir o abastecimento com caminhões e um comitê de crise para adotar medidas de mitigação da seca. Essa iniciativa envolve tanto o setor público quanto o privado, pois estão sendo usados diversos caminhões-pipa para abastecer os reservatórios do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e amenizar a grave crise hídrica enfrentada pela cidade. Empresas locais e prefeituras de cidades vizinhas, como Bebedouro, Monte Azul Paulista e Jaborandi, enviaram caminhões com água para ajudar no abastecimento.
A prioridade da força-tarefa é abastecer escolas, creches e residências com pessoas acamadas. O atendimento com caminhões foi ampliado para atender o comércio e as casas das regiões mais afetadas. Apesar de considerar a situação grave, o Saae informou que não há interrupção geral no fornecimento de água. Em São José do Rio Preto, o decreto de emergência por estiagem foi publicado no Diário Oficial do município na semana passada. A cidade está há cinco meses sem chuvas significativas. A escassez hídrica tem causado dificuldades no serviço de abastecimento de água e prejuízos econômicos privados expressivos, especialmente nos setores da agricultura e pecuária. A Represa Municipal, responsável por abastecer 30% dos 480,3 mil moradores, entrou em nível crítico.
O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) iniciou um plano emergencial de monitoramento do sistema de captação. Os incêndios que atingem a periferia da cidade contribuem para elevar o consumo de água. Algumas cidades que já racionam água no interior são Artur Nogueira, Bauru, Vinhedo e Atibaia. Houve 35% de chuvas entre fevereiro e setembro, em comparação com o ano passado. Foram adotadas medidas técnicas para reforçar o sistema de abastecimento, como transferências no sistema integrado, contratação de estações móveis de tratamento para elevar a vazão de água e disponibilidade de caminhões-tanque, além de ações de conscientização. No dia 25 de setembro, um brigadista morreu enquanto combatia um incêndio numa área de canavial na Estrada Municipal de Corumbataí.
Ele tentava apagar o fogo com um caminhão-pipa da unidade Iracema da Usina São Martinho. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado como “incêndio, homicídio e lesão corporal”. Segundo o boletim de ocorrência da delegacia de Corumbataí, as causas do fogo são desconhecidas. A Usina São Martinho afirmou apoiar os familiares das vítimas e colaborar com a investigação. A Defesa Civil de Corumbataí diz que o fogo teve início na Fazenda Chorosa, e foi combatido pelos funcionários da usina. Em 23 de agosto, dois funcionários de outra usina morreram no combate a uma queimada em Urupês, também no interior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.